nossa sequência de Bouma particular


Estar contigo é estar em um conto de fadas.... é me sentir realizada, me sentir linda, me sentir protegida.... Como eu amo o jeito que você me olha, amo mais saber que é exatamente do mesmo jeito que eu olho pra você, como eu amo passar um dia contigo e saber  que vou voltar para casa, relutante, com um sorriso bobo que não vai sair do rosto... ah... como eu amo o jeito que me prende e me enche de beijinhos depois de falar alguma coisa pra me provocar....

Nunca me apaixonei assim num piscar de olhos, talvez tenha me apaixonado pelo seu sorriso arteiro quando conta alguma história de quando era piazinho, ou será que foi pelo olhar sempre atento para qualquer coisa que eu esteja falando?! Pode ser que tenha sido pelo seu abraço de urso, que parece que faz evaporar qualquer preocupação.... O problema é que pode ter sido tanta coisa... que mal percebi quando me apaixonei por você por inteiro, assim sem nenhuma explicação.



Mas todo conto de fadas tem uma bruxa malvada, talvez a nossa seja a comunicação, ou a minha eterna distração, ou ainda sua capacidade de sair do sério por coisas tão pequenas... porque a gente se desentende tanto?! Parecemos um fluxo turbulento de emoções, construindo nossa sequência de Bouma particular.

Só espero que essa mudança de altos e baixos.... não acabe com o que a gente tem de melhor... com a nossa parceria, com o olhar que parece que decifra os pensamentos, com o aquele sorriso que só você faz eu dar. Mas porque com a gente tem que ser assim, quanto mais a gente tenta... menos a gente se entende?!


Nesse ou oito ou oitenta....Tudo é tão intenso que me assusta.

Fechando a porta... saindo pela janela

 Sabe quando a vida te abre mil portas e parece que a gente fecha antes mesmo de dar uma espiadinha pra ver o que tinha atrás dela?! Aquele dia que um cara te parou num sinaleiro e te pediu um beijo... e boba que somos, não beijamos, não perguntamos o nome ou número... Ou ainda... quando estamos reunidas descendo pro litoral... e a vida novamente nos abre portas... um grupo de caras com o carro quebrado... o lógico é parar pra ver se precisam de uma mão... um braço... ou do corpo inteiro... mas o que fazemos?! Seguimos viajem... e a vida ri da nossa cara, por não agarrarmos as oportunidades que ela nos dá.

Mas as vezes... pode ser que o destino apareça e nos dê aquela forcinha... que nós nos recusamos a dar. Como no caso daquele bilhetinho esquecido no canto da mesa... pela falta de coragem de entregar para aquele garçom que está mexendo contigo a noite inteira....


Ai amiga... sei que você tá louca pra descobrir o nome dele, anotar seu telefone... arrancar sua roupa. Mas vai embora sem nem dar aquela olhada, pra ele ver tudo que tá perdendo. Vai, não fecha essa porta... fala com ele! Ou deixa nós fazermos uma intervenção... a gente deixa seu número num guardanapo, prometo que só entregamos quando você for no banheiro... nem vai dar chance pra vergonha aparecer!  Mas você ri das oportunidades da vida, não deixa, esperneia... vamos embora e o bilhetinho fica ali em cima da mesa... rasgado em mil pedacinhos.

Mas quando o destino quer... ele passa a perna na gente, deixa de lado nossas frescuras e faz o tudo que devíamos fazer mas faltou coragem. Que no dia seguinte esse bilhetinho tinha sido achado... guardado... montado... e se transformado naquela mensagem recebida de surpresa que faz nos acreditar... que as vezes quando fechamos a porta que a vida nos abre... o destino sempre tem acesso a janela.