“Tempere-nos com fogo e nós cresceremos
mais fortes. Quando nós sofremos, nós sobrevivemos”*
Finalmente soube o final da série Os Intrumentos Mortais
(The Imortal Instruments) escrita
pela Cassandra Clare e composta por
seis livros: Cidade dos Ossos, Cidades das Cinzas, Cidade do Vidro, Cidade dos
Anjos Caídos, Cidade das Almas Perdidas e por fim Cidade do Fogo Celestial (City of Heavenly Fire), que é o motivo
da resenha de hoje. Todos títulos associados a
Editora Galera Record, sendo o último previsto para ser lançado ainda
este mês.
*Se você não leu a série pode conter Spoilers dos livros que
antecedem Cidade do Fogo Celestial, contudo não há spoilers deste*
Sebastian está transformando todos os Caçadores de Sombras
em Caçadores de Sombras Negros. Invadindo Institutos, com seus mais recentes aliados,
forçando os Nephelim a beber do seu
Cálice das Trevas, fazendo os que sobraram se refugiarem em Idris.
“- Esse é – disse Isabelle em voz baixa e surpresa – Irmão Zacariah?! Quando ele ficou tão gostoso?!”*
Todos os integrantes do Mundo das Sombras, estão acuados,
amedrontados com essa ameaça iminente. Todos os olhares se voltam para Jace,
que tem o Fogo Celestial correndo em suas veias, todavia ninguém, nem mesmo
ele, sabe como controla-lo. Surge então o impasse entre os integrantes do
Submundo, será que devem se aliar ao Caçadores de Sombras, honrando os Novos
Acordos, ou se aliar a Sebastian, que
parece ser o lado mais promissor?!
“- Você se preocupa com ele? – perguntou Emma a Alec, gerando uma surpreendente risada nele. – O tempo todo – disse ele – Jace poderia se matar colocando suas calças de manhã. Ser seu parabatai é um trabalho de tempo integral”*
Neste último volume Jace, Clary, Simon, Izzy, Alec e seus
amigos, estão novamente juntos em busca de como parar Sebastian, tentando
descobrir como usar a arma que possuem, como se manter vivos, além claro de
desvendar o que sentem realmente um pelo outro.
Confesso que esperava muito menos deste livro, pois achei
os três primeiros livros muito melhores que os dois que o seguiram. Até então
achava que a série poderia ter encerrado em Cidade de Vidro, que seria um
excelente final, contudo Cassandra me surpreendeu neste último volume, está sensacional!
“Todo mundo tem potencial para ser extraordinário. Enquanto você tiver uma alma e livre arbítrio, você pode ser o que quiser, fazer o que quiser, escolher o que quiser”*
Clary amadureceu muito, como mulher, como Caçadora de
Sombras, deixando aquele lado inseguro e chato
que surgiu em alguns momentos na série. O Jace deixa de ser aquele dos últimos
dois livros e volta ser o Jace que todas nós adoramos! Todos os demais
personagens são muito melhor desenvolvidos, com a Isabelle ainda mais
envolvente, Simon mostrando toda sua inteligência e um carisma muito mais contagiante, mas o que
mais me surpreendeu foi Alec ,que foi muuuuito melhor caracterizado, mostrando os
seus “porquês” e finalmente caiu nas minhas graças!
Foram 725 páginas (em inglês) de incontáveis cenas de ação,
conflitos e romances, fazendo você não desgrudar os olhos do livro, prender a
respiração até conseguir soltar um suspiro de alívio, um “ooownn”, ou ainda uma
gargalhada! Há uma variação maior de pontos de vistas, mostrando ao leitor os
acontecimentos em cada face da guerra, entre os Vampiros, os Feiticeiros, os Lobisomens,
Sebastian, a Clave e é claro com o grupo de amigos mais aleatório do Mundo das
Sombras, que faz a trama ficar ainda mais intrigante.
“- Heteros – declarou Alec – Por que eles não conseguem se controlar?! – É um mistério Simon concordou”*
Um ponto que eu não gostei do livro foi a
introdução dos personagens da nova trilogia de Cassadra “Os Artifícios das
Trevas” (The Dark Artifices), que
tiveram uma aparição um pouco excessiva, para quem não planeja ler esta nova
série é totalmente desnecessária, mas convenhamos é uma excelente jogada de marketing. Por outro lado há uma breve
continuação de Os Instrumentos Infernais (The
Infernal Devices), que eu adorei!
Portanto Cidade
do Fogo Celestial é muito mais que
uma final incrível para Os Instrumentos Mortais, mas uma introdução a Os Artifícios das Trevas e as explicações que faltaram em As Peças Infernais. Ou seja, para quem gosta de Cassandra Clare
e suas séries, será um livro para terminar de ler e guardar com muito carinho.
“Nós somos todas as peças do que nós podemos lembrar. Nós seguramos em nós mesmos as esperanças e os medos daqueles que nos amam. Desde que haja amor e memórias, não há uma perda real”*
*Tradução livre.