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Resenha: O Guia do Mochileiro das Galáxias

DON’T PANIC!


            Depois da Rê postar o um trechinho do livro, escrito por Douglas Adams -  quaaal será que é?! #ruufemostambores. -  O famoso O Guia do Mochileiro das Galáxias (The Hitchhiker’s Guide to the Galaxy)  – o volume um da trilogia de cinco. Eu confessei para ela que nunca tinha lido, então nada menos que no dia seguinte ela me apareceu com o livro na faculdade, então não tinha mais desculpa para procrastinar e fui ler o primeiro livro da ‘trilogia’, que foi publicada pela editora Sextante em  2009.




            O livro conta a estória de Athur Dent que acorda com um barulho e quando vai averiguar descobre que sua casa está para ser demolida. Em meio a seus protestos, seu amigo Ford Perfect o arranca de sua casa, com o argumento que nada adiantará sua revolta, pois em 12 minutos a Terra será destruida.

“Não basta apreciar a beleza de um jardim, sem ter que imaginar que há fadas nele?”

            Ford, que de humano não tem nada, não esperava é que a improbalidade estaria ao seu favor, pois ele consegue uma carona para fora da Terra, pouco antes de Terra virar apenas um 'sopro de hidrogênio, ozônio e monóxido de carbono'. Athur é levado junto com o amigo e cai de paraquedas em uma viagem intergaláctica, sendo apresentado ao Guia do Mochileiro das Galáxias, no qual você pode saber tudo sobre a Galáxia, e como pegar carona para trafegar nela, - menos se quiser saber sobre a Terra, já que é praticamente inofensiva.



            Ao mesmo tempo em que Arthur conhece sobre o resto no Universo – que definitivamente não se resume a Terra – conhecemos o Trillian que juntamente Zaphod Beeblebrox – o atual presidente das Galáxias – roubam a nave Coração de Ouro – e de brinde vem o Marvin, o robô mais depressivo do Universo - e partem em uma jornada cheia de incertezas. E é claaro que nossos sobreviventes iriam se encontrar com os fugitivos da maneira mais improvável possível...!

“Um computador disparou, quando percebeu que uma câmera de descompressão abriu-se e fechou-se sozinha, sem nenhuma razão.Isto porque a Razão, naquele exato momento, estava tomando um cafezinho.”

            São 204 páginas que narram com humor as aventuras e trapalhadas dos personagens, nessa viajem dentro da Coração de Ouro. Com uma narrativa que intercala pontos de vistas, ou até mesmo conversas com o leitor, somos introduzidos ao Universo e seus propósitos.



Douglas Adams é quase que uma leitura obrigatória para qualquer nerd e finalmente eu descobri o porquê. Ele escreve com maestria uma ficção-científica muito bem humorada, que nos faz gargalhar em alguns momentos e em outros ele usa de situações absurdas, da ironia e do sarcasmo para comentar, e criticar, assuntos que são um tabu como a real função de um presidente. Desconstruindo valores socioculturais, mostrando o quão insignificantes podem ser coisas que damos tanto valor, sempre abordando com uma sutileza, que deixa a leitura leve, gostosa, divertida e mesmo assim crítica e reflexiva – esse cara é um gênio sem mais.

“ – É, é muito simpático, Trilian, – queixou-se Zaphod –, mas você não acha muito arriscado nas atuais circunstâncias? Afinal, somos fugitivos, e a polícia de metade da Galáxia deve estar atrás da gente. E nós parando pra dar carona. Em matéria de estilo nota dez; mas, em matéria de sensatez, menos um milhão.”

            A estória teve origem em um programa de rádio da BBC em 1978, ganhou vida nas páginas em 1979 e em 1981 já ganhava as telas com uma série televisiva. 24 anos mais tarde foi adaptada para as telonas, Arthur como Martin Freeman e Zoey Deschanel como Trillian. Adams morreu em 2001, portanto não teve a oportunidade de conferir a adaptação, mas foi homenageado, pois 25 de maio comemora-se o Dia da Toalha – só lendo para entender - & do Orgulho Nerd.

“ – Se tem aqui alguma coisa mais importante que meu ego, que seja imediatamente presa e fuzilada.”

            Vou sair daqui e vou correndo baixar esse filme, estou louca para conferir, e quero ler a série toda para ontem! Se você gosta de Ficção-científica,  quer saber a resposta da Vida, do Universo e Tudo Mais?! Então NÃO ENTRE EM PÂNICO, pegue sua toalha e vá ler o Guia do Mochileiro das Galáxias – nããão esqueça da toalha mesmo.


“A história de todas as grandes civilizações galácticas tende a atravessar três fases distintas e identificáveis – as da sobrevivência, da interrogação, e da sofisticação, também conhecidas como as fases do como, do porquê e do onde.Por exemplo, a primeira frase é caracterizada pela pergunta: Como vamos poder comer?A segunda, pela pergunta: Por que comemos?E a terceira, pela pergunta: Onde vamos almoçar?”





Resenha: Feita de Fumaça e Osso

“... A vida longa é um fardo quando vivida em sofrimento.”

            Eu já tinha ouvido falar, mas nunca tinha lido muito a respeito de Feita de Fumaça e Osso (Daughter of Smoke and Bones). Contudo estava passeando em um sebo e bati o olho na capa e me apaixonei, pensei assim “Não vou ler resenhas, sinopses, NADA. Quero ver se a trama me ganha como ganhou a capa!”.  O livro escrito por Laini Taylor, foi publicado no Brasil pela Editora Intrínseca em 2011.



             Nossa protagonista é Karou, uma menina que vive no mundo dos humanos, estuda artes, namora babacas... mas que de normal não tem nada. Têm cabelos que nascem azuis, muitas tatuagens pelo corpo, uma até que não nem lembra de ter feito, e uma espécie de família adotiva completamente fora do comum, figuras semi-humanas semi-animais.

“Um pênis que não seja essencial? – repetira Karou, adorando a frase apesar de sua tristeza. – Existe algum que seja essencial?!”

            Brimstone é a figura mais próximo de pai que Karou conhece, é chamado por ela de Mercador de Desejos, pois negocia desejos por dentes. Muitas vezes convocando Karou em tarefas, com o intuito de recolher seus pagamentos. Mas ela já está farta desta bolha de ignorância, o que ele fazia com os dentes?! Havia mais criaturas místicas além de sua família?! Qual era o mistério que envolvia Brimstone e uma porta pela qual ela não podia ultrapassar?! Além de que não aguentava mais mentir sobre essa sua vida dupla para Zuzane, sua melhor amiga.




“Esta era sua vida: magia e vergonha e segredos e dentes e um vazio perturbador, onde alguma coisa certamente estava faltando”

            Todas as portas que levam ao mundo místico de sua família começaram a ser marcadas com mãos negras. Simultaneamente Karou conhece Akiva, um serafim, mas também um inimigo.... A partir de então ela começa a conhecer mais sobre os mundos que  a cercam e sobre uma guerra sem precedentes.

“Ele a envolveu nos braços e a trouxe para junto dele, Karou e Akiva eram como dois fósforos riscados um contra o outro para inflamar como a luz das estrelas.”

            Bom Laini Taylor ganhou muitos pontos pela sua originalidade, pois pega um assunto tão batido como serafins e guerras contra outros seres e consegue fazer uma trama muito diferente do que estamos acostumados. Muitas vezes pensei que fosse uma coisa e acabou sendo completamente outra. Além de não ter toda trama com enfoque no romance e sim no mundo criado por ela, na guerra e em seus propósitos. Gostei da narrativa em terceira pessoa, intercalando os pontos de vista de Akira e Karou, que por terem conhecimentos diferenciados do mundo, proporcionam visões totalmente das situações.

        
  
            Contudo achei a trama um pouco enrolada, são 382 páginas e pelo menos 100 são desnecessárias, em muitos momentos a leitura é apenas para continuar de uma vez o livro, mas sem mexer com a emoção e a curiosidade do leitor. Além de Karou, uma personagem forte com princípios acima de qualquer coisa, nenhum outro personagem me conquistou, deixando a trama muito dependente dela, sem aquela rota de escape, ou aquela torcida pelos secundários sabe?!

“Porque você mora ali. Você não vai desaparecer assim Karou. Isso não é como um maldito livro sobre Nárnia”

            O livro em si não me ganhou como a capa, ou seja comprei achando que era um pote de sorvete... mas era feijão. Contudo o final é totalmente surpreendente e foge de todos os clichês, deixando em aberto o que irá acontecer com a protagonista e o serafim em Dias de Sangue e Estrelas, o segundo volume da série. Se Taylor seguir a mesma linha de raciocínio pode vir ser uma trama completamente diferente do que eu imagino. Mas meu motivo para continuar a série é porque sou persistente e pela esperança que melhore, não pela curiosidade ou vontade despertada.



“Esperança? A esperança pode ser uma força poderosa. Talvez não haja magia real nela, mas, quando você sabe o que mais deseja e mantém isso aceso como uma chama dentro de si, pode fazer as coisas acontecerem, quase como mágica.”



Resenha: Se eu Ficar

“Não deveria me importar. Não deveria ter tentado tanto. Percebo agora que morrer é fácil. Viver que é difícil.”

            Acho que todo mundo já ouviu falar, viu a capa por ai,  viu o filme, leu alguma resenha... do livro “Se eu ficar” (If I Stay) da Gayle Forman, que foi lançado em 2009 pela Editora Rocco e novamente em 2014 pela Editora Novo Conceito. Pois bem, eu estava na expectativa desde que soube do seu lançamento, quando acabei de ler estava chovendo resenhas do livro por ai, então estava super animada para escrever a minha, que escrevi logo em seguida... mas me enrolei para postar haha!


            O livro conta um dia na vida da Mia, o dia que nevou e todos da sua família foram liberados das aulas e se permitiram faltar o trabalho, que quando resolvem sair sofrem um acidente de carro.  Uma tragédia que logo nas primeiras páginas mostra que Mia perde todas as escolhas... menos uma.

“As vezes você faz escolhas na vida, as vezes as escolhas fazem você”

            Em um relato em primeira pessoa, aos poucos Mia, que está em coma, vai se situando. Percebendo tudo que ela perdeu e tudo que ainda está ali para ela. Ao mesmo tempo que temos os conflitos da triste realidade na qual a protagonista está inserida, vamos aos poucos tendo flashbacks do seu passado, partes de sua vida que a marcaram profundamente. Tais como os diversos nascimentos que a vida lhe proporcionou: o do seu irmão, do seu amor pela música e pelo violoncelo, o amor por Adam.


            Com uma delicadeza e sensibilidade Folmann mostra, em 193 páginas, como são duras as decisões que temos que tomar ao longo da vida. E como passamos tanto tempo tendo medo da morte, quando o que não percebemos que o difícil é viver! Afinal o grande dilema do livro é se Mia irá entregar os pontos, por ter perdido tanto nesse acidente, ou irá escolher viver e enfrentar tudo que a vida lhe proporcionará.

“Mas a Mia que está aqui é a mesma que eu me apaixonei ontem e a mesma que eu vou amar amanhã. Amo esse seu jeito frágil e a mesmo tempo durão, resguardado e ao mesmo tempo despojado. Cara, você é a garota mais punk que eu já conheci, não importa quais bandas ouve nem o que você veste”


            Tenho que dizer que demorei um pouco para entrar na emoção do livro, acho que isso é feito propositalmente pela autora, para que soframos junto com  a protagonista, ela demora para entender o que realmente perdeu, então demora para sofrer. Mas acho que quando a realidade abre as portas é impossível não se emocionar com o dilema dela, assim como não tem como não se apaixonar por cada um dos seus entes queridos... e a importância e força de suas palavras em sua escolha.




            O livro é contado ao longo do dia, então não tem capítulos e sim as horas que vão passando, não pude deixar de lembrar do livro Hopeless (Um Caso Perdido) - resenhado aqui - ao falar que a vida não é contada por capítulos e sim nos minutos que fizeram diferença. Eu particularmente tenho isso como verdade, afinal são as pequenas coisas, os pequenos gestos, que no final do dia irão fazer diferença.

“Nunca fui o tipo de garota que fazia meu coração estremecer de medo. Mas o tanto que meu coração bateu hoje, valeu por uma vida inteira”

            O grande diferencial da edição da Novo Conteito, além dos detalhes musicais em cada página e uma entrevista com os atores do filme, é o primeiro capítulo do livro “Para onde ela foi”, contado pelo ponto de vista de Adam após a escolha de Mia. São nove páginas que cortaram meu coração e me deixaram na expectativa de mais. mesmo, definitivamente, não estando preparada para o que esta por vir. Vou deixar aqui trailer do filme para quem quiser conferir





           



Resenha: Estranho Irresistível

“Todo mundo joga um jogo. Qual era o jogo dela?”

Depois de ser surpreendida com Cretino Irresistível, escrito por Christina Lauren, quando peguei o livro dois da Série Irresistível para ler , Estranho Irresistível (Beautiful Stranger), publicado pela Editora Universo dos Livros em 2013, já estava preparada para um livro intenso e de puro entretenimento, nada daqueles livros de reflexão ou de mudar vidas.



Muito bem, a sequência tem como protagonista Sara, a melhor amiga de Chloe, que acaba de terminar um relacionamento de seis anos, regado de mentiras e traição. Portanto para se afastar do sofrimento do rompimento, se muda de Chicago e vai para Nova York, onde estão abrindo a mais nova sede da Ryan Media, onde está Chloe e Bennet.

“Grandes estrelas deixam buracos negros para trás. Pequenas estrelas deixam anãs brancas. Eu mal estava deixando uma sombra. Toda luz estava indo comigo”

Ao deixar Chicago, Sara quer uma vida nova, com uma nova Sara, que ao encontrar um belíssimo estranho em uma boate, se entrega para ele ali mesmo, algo que a normalmente nunca faria. Mas o que a surpreende é o fato dela ter gostado tanto, o sangue quente, a entrega, a possibilidade de ser pega.




O que a protagonista não imaginava que seu estranho estava disposto a ir atrás dela e que por acaso ele seria amigo de longa data de Bennet. Então conhecemos Max, um playboy britânico, que faz sucesso no Wall Street e na cama de diversas mulheres, mas que está de quatro por uma estranha que conheceu em uma boate.

“Típico da minha vida: encontrar um homem lindo apenas alguns dias após ter jurado que ficaria solteira”

Em uma narrativa simples, que intercala os pontos de vistas, temos a construção de um relacionamento entre Sara e Max, cheio de regras, perigos e anonimatos. Além de mostrar as contradições da protagonista, que ao mesmo tempo que queria explorar seu saldo selvagem, mas também era recatada e envergonhada.

“Eu era mesmo tão clichê assim? Apenas querendo o que não posso ter?”

São 284 páginas regadas de muito poder feminino!! Já que é Sara toma as rédeas da relação, impondo suas regras suas vontades, seus desejos, seus fetiches. Afinal depois de seis anos sendo enganada, nada melhor do que desfrutar do maravilhoso Max, curtir a juventude e descobrir do que realmente gosta, o que lhe dá prazer. Sem querer compromissos ou dores de cabeça, Sara cria a situação que todo homem sonha em ter, sexo casual, sem compromisso e com uma boa dose de perigos... Mas será que é isso que Max realmente quer?!




Para quem já leu Cretino Irresistível irá gostar dos vislumbres dos personagens e de saber como seguiram após o fim do livro. Assim como no primeiro volume não há muitas delongas nos personagens secundários, é um livro cheio de clichês, mas daqueles clichês envolventes e bem conduzidos.

“Querida Nova York, você é definitivamente brilhante. Com amor, Sara. P.S.: Definitivamente não é o álcool falando”

A narrativa das autoras vai sempre direto ao ponto, sem rodeios... Dando ao leitor calorosas e divertidas cenas. Além de mostrar que pode se tentar ao máximo fugir de um relacionamento, mas as vezes ele vem mais fácil do que imaginamos.





“Se uma mulher quisesse um homem pensasse nela constantemente, ela deveria dizer que ele só poderia encontrar com ela uma vez por semana. Só isso. E diga adeus à sua concentração”